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terça-feira, 27 de setembro de 2011

Descobertas de estudante, partilhadas com vocês

Publicado em: 13/09/2011
Vamos completar um assunto que ficou pendente recentemente:
Quando ainda era estudante da faculdade de psicologia, essa historia toda de psicologia do desenvolvimento, primeiras relações objetais, desenvolvimento do bebê me deixavam alucinada. Tanto que, optei por fazer a minha monografia nesta área e, na época, eu só tinha uma opção de orientadora. Só uma opção não porque eu era uma aluna ruim, mas porque poucos tinham interesse e até conhecimento sobre o assunto.
Terminada a faculdade, prestei uma espécie de residência em psicologia no Hospital das Clínicas, no ano seguinte. Trabalhava muito e ganhava o suficiente para pagar o meu almoço e VT, mas o que aprendi lá certamente me deixou muito rica. Rica de conhecimento, de satisfação, de felicidade. Primeiro porque eu consegui entrar na única vaga que tinha para psicólogo em obstetrícia e berçário - um sonho realizado. Em segundo lugar, porque lá tinha muita gente que conhecia o assunto e com eles aprendi muito sobre o lindo universo dos bebês. Lembro-me, certa vez, que minha supervisora, enquanto ouvia o meu relato (em psicologia é comum termos um supervisor de casos, com quem dividimos a história dos pacientes e do nossas condutas para que "duas cabeças pensem melhor que uma") ela me disse: Priscila, nem todo carinho pelo toque é interpretado pelo bebê como algo prazeroso. Os prematuros, por exemplo, quanto menos forem tocados, melhor. O toque para eles é agressivo. Lembre-se que eles nasceram antes do tempo. Ainda não é tempo de acariciá-los. É muito mais interessante para uma mãe de prematuro que ela abra a portinha da encubadora e fale com ele, cante canções, do que faça carinhos em seus braços ou cabecinha. Tudo tem seu tempo.
Essa foi uma das lições que nunca esqueci e depois confirmei ao ler algumas publicações a respeito. Hoje, estava eu no carro, quando ouço que está sendo feito um estudo na universidade de Harvard que avalia a partir de quando o bebê deixa de sentir dor para sentir prazer. Alguns acreditam que isso se dê desde o pré-parto (até como uma forma de defesa do organismo para se preparar parao parto) e outros acham que só mais tarde. Lembrei-me de toda essa história que vivi.
Também foi estudando que aprendi que até os 6/8 meses os bebês ainda não têm consciência que estão separados do mundo. Eles acham que o mundo e eles são uma coisa só. E por isso, até essa idade é importante que possamos atendê-los sem demora. Quando eles alcançam os 8 meses, entram na tal "ansiedade dos 8 meses", justamente porque se descobrem separados do mundo e da mãe. E isso é conflitante.
Como isso acontece? Ele começa a perceber que nem sempre quando ele quer comer, a comida aparece. Às vezes ele tem que esperar. Nem sempre na hora que ele faz cocô tem alguém limpando. E asim por diante. Como a natureza é sábia, a mãe, também, já se permite após 8 meses de vida de seu bebê, ser menos exigente e esperar chegar em casa pra trocar e não parar o carro no meio da rua ou terminar de pendurar roupa para dar de mamar que ele não vai morrer de fome. É tudo um processo natural, e lindo.
Por isso, essas demoras para atendê-los, como sugeri em notícias anteriores, são extremamente importantes para o desenvolvimento. Essas esperas fazem com que eles entendam que o mundo não gira em torno deles. E também estimulam a criatividade, pois aí eles passam a ter que encontar formas de lidar com o desconforto causado pela fome ou pela fralda cheia.
Tanto a ilusão de que o mundo e ele são a mesma coisa, quanto a desilusão ao descobrir que não é nada disso são atos criativos se forem trabalhados nas horas certas nos bebês.
Portanto, meus queridos pais, como disse a minha sábia supervisora: Tudo tem o seu tempo.
Até amanhã,

Publicado por: Priscila Zunno Bocchini

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