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terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Por que as crianças estão cada vez mais infelizes? - Reportagem da Veja

Por que as crianças estão cada vez mais infelizes?

Especialistas em saúde infantil chamam a atenção para uma epidemia silenciosa que afeta a saúde mental das crianças que, ainda pequenas, precisam lidar com as pressões da sociedade moderna

Natalia Cuminale
Segundo especialias, as crianças estão ansiosas, estressadas, deprimidas e sobrecarregadas Segundo especialias, as crianças estão ansiosas, estressadas, deprimidas e sobrecarregadas (ThinkStock)
Uma em cada onze crianças com mais de oito anos de idade está infeliz, segundo um estudo divulgado em janeiro deste ano pela Children’s Society, organização centenária de proteção infantil. Apesar de a pesquisa trazer à tona uma realidade das crianças entre 8 e 16 anos do Reino Unido, especialistas brasileiros em saúde infantil afirmam que esse não é um problema exclusivo das crianças britânicas. No Brasil, a realidade é parecida. Ana Maria Escobar, pediatra do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas, em São Paulo, conduziu uma pesquisa com os pais de cerca de 900 crianças de 5 a 9 anos que estudavam em escolas particulares e estaduais.
De acordo com os resultados do estudo, os pais disseram que 22,7% das crianças apresentavam ansiedade; 25,9% tinham problemas de atenção e 21,7% problemas de comportamento. "No início do estudo, esperava encontrar queixas como asma, mas não ansiedade", diz Ana. Apenas 8% tinham problemas respiratórios e 6,9% eram portadoras de asma. O estudo foi concluído em 2005, mas Ana Maria acredita que se a pesquisa fosse feita hoje, "os níveis de ansiedade e de problemas de comportamento certamente seriam ainda mais altos."
Mais do que infelizes, as crianças brasileiras também estão ansiosas, estressadas, deprimidas e sobrecarregadas. "Elas estão desconfortáveis com a infância. Esse desconforto aparece de várias formas: como irritabilidade, desatenção, tristeza e falta de ânimo. Muitas vezes, é um comportamento incomum em relação à idade delas", diz Ivete Gattás, coordenadora da Unidade de Psiquiatria da Infância e Adolescência da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Saul Cypel, membro do departamento de Pediatria do Comportamento e Desenvolvimento da Sociedade Brasileira de Pediatria, traz dados preocupantes: "A impressão que eu tenho é a de que o número de crianças com queixas comportamentais cresceu muito nesses últimos dez anos." Neste período, segundo Cypel, houve uma transformação do perfil da clínica: se antes as queixas sobre o comportamento infantil correspondiam a 20% dos pacientes, agora são responsáveis por 85% do total de seu consultório de neurologia.
Com uma agenda recheada de atividades extracurriculares, que vão desde aulas de idiomas como inglês e mandarim até as aulas clássicas como balé e futebol, as crianças estão sem tempo para se divertir e descansar, acreditam os médicos. Segundo Cypel, a antecipação de atividades para as quais o indivíduo não está preparado pode desencadear o stress tóxico, que ocorre quando há uma estimulação constante do sistema de resposta ao stress (veja quadro abaixo), trazendo prejuízos futuros para as crianças.
"A família introduz uma série de treinamentos, atividades e línguas novas. Na medida em que a criança não consegue dar conta disso, a sensação de fracasso se torna frequente", explica Cypel. "Com o stress tóxico, ao invés de favorecer o desenvolvimento da criança, os pais acabam limitando-a e desmotivando-a." Entre as consequências diretas estão a diminuição da autoestima, alterações alimentares (excesso ou falta de apetite), problemas de sono e apatia.
No início deste ano, a Academia Americana de Pediatria lançou um documento que chama a atenção para as evidências de impactos negativos do stress tóxico, com prejuízos posteriores para a aprendizagem, comportamento, desenvolvimento físico e mental. O relatório também sugere que parte dos problemas mentais que ocorrem nos adultos devem ser vistas como transtornos de desenvolvimento que tiveram início na infância.
Ana Maria Escobar acrescenta que a exposição à realidade violenta do Brasil também pode contribuir para uma sensação de ansiedade nas crianças. "Antes, raramente uma criança ouvia falar de um ato de violência. Hoje, elas ficam mais confinadas e têm medo de assaltos e sequestros. Isso com certeza provoca maior stress e ansiedade, além de maior possibilidade de se sentir infeliz, principalmente entre aquelas que vivem nas grandes cidades brasileiras", diz..
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Sinais — O problema é agravado pelo fato de que muitos pais demoram a perceber o que se passa com seus filhos. "Eles acham que o comportamento das crianças é normal", diz Ana Maria Escobar. Além disso, a dificuldade em administrar o tempo que dedicam à vida profissional e aos filhos muitas vezes impede que os pais percebam os sinais de que algo está errado.
"Muitos pais priorizam a profissão e terceirizam a criação dos filhos. Mas é preciso se questionar: quanto tempo eu passo com meus filhos? Quem são as pessoas que estão criando eles?", afirma o psiquiatra Francisco Assumpção, da Sociedade Brasileira de Psiquiatria.
Essa é uma preocupação constante na vida da publicitária Flora*, que tem dois filhos, Cecília* e Celso*, de 7 e 9 anos, respectivamente. As crianças, que estudam em período integral na escola, têm uma rotina bastante atribulada. Celso faz aula de inglês, futebol, tênis e deve começar a aprender uma luta neste ano. Cecília também faz inglês, natação e deve começar a praticar ginástica olímpica. "Primeiro, experimentamos uma aula de inglês uma vez por semana, depois colocamos os dois em um esporte", afirma. "Tem que sentir muito como a criança está lidando com isso. Observar o comportamento para ver se ela está cansada e se o rendimento na escola começa a diminuir", diz. Flora se preocupou em contratar uma professora de inglês para que as crianças tivessem aulas em casa. Para ela, é melhor opção para evitar o stress desnecessário no trânsito.
Apesar da preocupação, Flora fez alterações na rotina de Cecília. A pequena começou a apresentar sinais de stress. Para descobrir o problema, Flora foi investigar com a filha e percebeu que a natação estava causando o problema. "Ela chorava muito e quando acordava dizia que não queria ir para a escola. Estava diferente do que ela é normalmente", disse. Flora tirou a filha da natação no ano passado, mas ela já pediu para voltar esse ano, segundo a mãe, que vai observar o desempenho da criança.
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Quando é depressão – De acordo com Ivete Gattás, da Unifesp, a depressão afeta 2% das crianças e até 5% dos adolescentes. Sabe-se ainda que a depressão na infância e na adolescência pode influenciar negativamente o desenvolvimento e o desempenho escolar, além de aumentar o risco de abuso de substâncias químicas e de suicídio.
Somente 50% dos adolescentes com depressão recebem o diagnóstico antes de se tornarem adultos. Gattás explica que o transtorno depressivo pode surgir a partir de vários fatores: predisposição genética e associação de fatores ambientais, que podem ser desencadeados pelo stress do dia a dia, sensação de vulnerabilidade, restrição ao desempenho da criança e sobrecarrega de atividades. (Veja a lista de sintomas). "Para caracterizar depressão, a criança deve apresentar mais de cinco sintomas, durante um mês", afirma Gattás.
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Terapia — Estudos já mostraram que a ansiedade durante a infância, se não contornada, pode se transformar em depressão durante a vida adulta. Por isso é necessário prevenir qualquer sintoma, mesmo que ele não seja o suficiente para o diagnóstico da depressão. (Veja como evitar o stress infantil.)
Carla*, de oito anos, começou a ter problemas aos cinco. Em seus desenhos, ela sempre aparecia chorando, enquanto suas amigas sorriam. “Ela é muito preocupada com a imagem que os outros têm dela. Se ela percebe que não corresponde ao que os outros esperam, ela se chateia muito”, diz a arquiteta Patrícia*, mãe de Carla.
“Tentamos conversar com ela, mas ela não revelava o que estava acontecendo. Descobri que as crianças na escola faziam um clubinho e que a Carla era sempre excluída”, diz Patrícia. O problema foi solucionado com a troca de sala. A pediatra de Carla indicou um especialista em saúde mental, para prevenir e ajudar a garota a entender a própria ansiedade. Há três anos, ela faz análise uma vez por semana. “Às vezes, ela me pergunta o que eu acho sobre determinado assunto e eu fico em dúvida sobre o que responder. E ela diz: ‘já sei, vou levar isso pra analista’”, conta a mãe.
Para Gattás, o pediatra deve ser treinado na área de saúde mental para diagnosticar problemas da infância e adolescência. “Ele acompanha a criança durante o crescimento e tem uma importância fundamental na orientação dos pais”, diz. “Se não houver uma mudança na forma como os pais lidam com seus filhos, vamos ver um aumento da frequência dos quadros psiquiátricos, mas transtornos de ansiedade e falta de perspectivas para as novas gerações”, diz Assumpção.
*Os nomes das mães e das crianças utilizados nesta reportagem foram trocados com o objetivo de preservar a privacidade dos personagens


Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/saude/por-que-as-criancas-estao-cada-vez-mais-infelizes

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Reportagem Revista Crescer sobre o amor de mãe

Amor de mãe reduz risco de doenças e ajuda no desenvolvimento da memória da criança

Pesquisas mostram que o afeto entre mãe e filho garante uma saúde melhor no futuro e ainda ajuda a desenvolver o hipocampo, área do cérebro responsável pela memória. Confira

Bruna Menegueço

 Shutterstock
Sabe aquela sensação única e especial que você sente quando beija, abraça, brinca ou só pensa no seu filho? Pois é, além desse amor ser fundamental para o desenvolvimento da criança e equilíbrio emocional, pesquisas recentes revelam que ele traz também outros benefícios para a saúde e, veja só, para a inteligência da criança.

São essas as conclusões de dois novos estudos. O primeiro deles, feito na Universidade Brandeis, em Massachusetts, Estados Unidos, mostrou que adultos que tiveram uma infância cheia de amor materno são mais saudáveis do que aqueles que não desenvolveram uma relação íntima com as próprias mães.
No passado, cientistas haviam constatado que crianças que crescem em áreas pobres são mais propensas a desenvolver doenças crônicas ao atingir a idade adulta. Os pesquisadores da Universidade Brandeis, porém, estavam intrigados com aquelas que, vivendo exatamente nessas condições, não apresentavam doença alguma na fase adulta.
Para isso, mediram a relação entre condições socioeconômicas pobres na infância e doenças como diabetes, pressão alta e problemas cardíacos na fase adulta em cerca de mil adultos.
A conclusão da análise mostrou que aqueles que receberam o carinho das mães durante a infância, independente de sua classe social, apresentaram uma melhor saúde geral na meia-idade.

É como se o amor materno fosse uma espécie de escudo de proteção contra doenças a longo prazo."O estresse na infância pode levar a resíduos biológicos que reaparecem na meia-idade", comenta a professora Margie Lachman, autora do estudo publicado no jornal científico Psychological Science. Segundo os cientistas, esse benefício pode ser uma combinação de empatia, ensino de estratégias de enfrentamento e apoio. Mas vamos combinar que o amor de mãe é muito mais do que isso, não é mesmo?

Memória turbinada

A outra pesquisa, publicada na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, mostra que as crianças criadas cheias afeto têm o hipocampo – área do cérebro responsável pela memória – quase 10% maior que as demais. Para chegar a esse resultado, os cientistas analisaram imagens cerebrais de 92 crianças com idades entre 7 e 10 anos, cuja interação com um dos pais foi observada quando tinham entre 3 e 6 anos.

Para o psicobiólogo Ricardo Monezi, pesquisador do Instituto de Medicina Comportamental da Unifesp (SP), as principais lembranças são aquelas que nos emocionam. Por isso, as crianças que vivem em um ambiente repleto de amor têm mais o que lembrar e, consequentemente, um hipocampo maior.

Embora em 95% dos casos estudados as mães biológicas tenham participado do estudo, os pesquisadores acreditam que o efeito no cérebro é o mesmo se o responsável pelos cuidados da criança é o pai, os pais adotivos ou os avós. Afinal, o que importa é que o amor seja verdadeiro!

fonte: http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI292901-15546,00-AMOR%20DE%20MAE%20REDUZ%20RISCO%20DE%20DOENCAS%20E%20AJUDA%20NO%20DESENVOLVIMENTO%20DA%20MEMORIA%20DA.html

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

O processo de integração e a primeira mamada teórica

Temos uma pequenina no B1 que, além de encantar a todos, intriga aqueles que não conhecem a psicologia Winnicottiana. Ela só consegue se acalmar levando os 2 dedinhos (indicador e médio) da mão direita à boca.
Quando a pequena chora, todas as tias tentam levar seus dedinhos à boca, para facilitar o "encontro". Mas ela resiste. Ela mesma tem que os encontrar.

Pensando em Winnicott, e tentando explicar essa atitude dela para a equipe, resolvi postar um texto aqui. Assim, até a mamãe dela que nem imagina que hoje estou falando sobre sua pequena, pode entender um pouquinho melhor o que está se passando no desenvolvimento da filha.

O recém-nascido, segundo Winnicott, vem ao mundo num estado de não integração. Atentos à palavra não integração e não desintegração, pois essa quer dizer outra coisa.
Certa vez, li um texto que comparava este estado ao de uma câmera fotográfica com a lente desfocada que, à medida que vamos girando, vai integrando as imagens e resultando numa única imagem focada.
É mais ou menos assim. O bebê nasce sem repertório vivencial com o mundo externo. Suas experiências sensoriais são aquelas vivenciadas no ventre materno. Com o passar do tempo, ele vai integrando as experiências sensoriais e formando imagens visuais, cinestésicas e mentais do mundo.
Porém, ao contrário do que todos pensam, ao invés de primeiro aprender o que ele está vendo ou sentindo, ele acredita que ele é quem cria, ou seja, ele alucina. Como assim?
Bem, para o bebê, a sua principal fonte de prazer e desejo inicial (seio materno) é criada por ele. Mais ou menos como um mágico que tcharammmmm, levanta o pano preto e o que ele quer aparece. Ele ainda não tem o poder de entender que existe uma outra pessoa ali, que aquela pessoa é quem está oferecendo o alimento e afeto para ele. Daí, dizermos que o bebê, ao nascer, se entende como onipotente.
A mãe, quando corresponde à necessidade dele, nesses meses iniciais de vida, está nada mais nada menos que estimulando a sua alucinação. O máximo, não? É como se ela fosse o pano preto do mágico e soubesse exatamente quando aparecer. Daí as orientações para evitarmos as demoras nas alimentações e trocas durante os 6 primeiros meses de vida. O bebê precisa alucinar!
Essa alucinação nada mais é que o primeiro ato criativo do bebê. Aí nasce a critividade.
Aquelas enfermeiras de maternidade, sem conhecimento sobre o assunto, ao se depararem com a mãe que acabou de parir e carrega pela primeira vez o filho nos braços para amamentá-lo, correm ensinar como o filho deve fazer a pega do bico. Se elas soubessem como estão limitando a criatividade desse bebê! Quem tem que encontrar o bico é o bebê. Ele alucina, ele encontra. Os sucessivos encontros vão dar origem ao termo que Winnicott chamou de "primeira mamada teórica". Que é internalizado pelo bebê como algo que alivia o desconforto (da fome - ainda não reconhecida como tal por ele).
Assim, o bebê primeiro cria o seio e só depois é que ele percebe que ele de fato existe, que não é criação sua. E para isso, existe um longo percurso de integração pela frente.
Essa onipotência nascida com o bebê e alimentada pela mãe nos primeiros meses de vida, começa a se romper quando ele passa a perceber que nem tudo o que ele deseja acontece na hora que ele deseja. Essa dependência absoluta que ele tem do mundo, começa a se modificar à medida que a mãe vai falhando em suas tarefas (quando digo falhar, não significa que ela está errada, pelo contrário, são as falhas que tornam o mundo real para o bebê). Os atrasos nas mamadas, nas trocas, na atenção são alguns exemplos disso.
É tudo tão paradoxal que, uma das primeiras consequências do processo de integração (ou seja, do desenvolvimento saudável) é a perda da onipotência e a noção de dependência. Ele evolui, do ponto de vista do desenvolvimento, para frustrar-se.
 Essa noção que ele vai adquirindo de mundo, vai transformando a dependência absoluta em dependência relativa. Relativa, pois agora ele se percebe dependente, diferentemente de antes, quando ele nem sequer imaginava que existia um mundo (dependência absoluta).
Dai pra frente, são muitas etapas a serem alcançadas. Mas como o foco hoje são os 2 dedinhos da princesinha do berçário, vamos analisar o que está acontecendo com a nossa pequenina, hoje com 6 meses, à luz da teoria Winnicottiana.

A princesa não percebe ainda que os 2 dedinhos são seus. Ela literalmente alucina os dedos e acredita que eles foram criados por ela. Portanto, não adianta nada as tias colocarem os dedos na boca dela quando está manhosa ou com sono, ela o tem que fazer. Só ela é capaz de encontrar os dedinhos e aliviar o seu stress. E ela precisa acreditar nessa alucinação. Pelo menos, por enquanto. Se retiramos os dedos da boquina dela, estamos tolhindo o seu potencial criativo que vai refletir no seu desenvolvimento lá na frente. Uma hora ela vai entender que, esses dedos são dela e que eles estavam ali muito antes dela imaginar. Como? Como um reflexo da sua relação com a mamãe e a tia do berçário que a representa, quando pedem para ela esperar um pouquinho que ela está indo esquentar o leite, por exemplo.
Quando? Ninguém sabe. Cada um tem o seu tempo. Temos que respeitar o tempo de cada um.
E quem sabe, quando ela se der conta de que seus dedos estão lá, facilmente acessiveis e parte integrante do seu corpo, ela mesma nem dê mais bola para eles e deixe de chupá-los.

Priscila Zunno Bocchini