E hoje vamos falar de inteligências múltiplas. Alguém já ouviu alguma coisa sobre isso?
Era uma vez um tal de Howard Gardner, psicólogo cognitivo americano, que propôs uma idéia muito interessante: as crianças têm mentes muito diferentes, possuem fraquezas e forças distintas. Não seria um erro pensar que são dotadas de uma única inteligência, na qual todas possam ser comparadas?
Não é verdade que quando estamos numa festa de aniversário, num parque da área comum do prédio ou na pracinha do bairro, todos comparam seus filhos aos demais. "Ah, o Joãozinho andou com 10 meses e o meu filho está com 1 ano e 2 meses e ainda não anda". "Mas, também, diz a sábia vovó, ele já fala tudo e o Joãozinho não. Ele canta todas as músicas do Patati Patatá, dança, e o Joãozinho só quer saber de ficar empilhando os brinquedos, encaixando as partes."
Nessa hora, os pais nada mais estão do que identificando as habilidades mais notórias de seus filhos. Em quais eles se destacam, quais eles preferem.
Na escola, Gardner propõe conhecer a criança como ela realmente é, saber o que ela é capaz de fazer e centrar a educação nas capacidades, forças e interesses dessa criança.
Não é maravilhoso?
E eu vou mais fundo, observar a criança não apenas nas suas habilidades e preferências, mas observá-la como um todo, no seu comportamento, seu jeito de agir, de pensar, de relacionar-se. A maneira que expressa sua afetividade, seu carinho, a frustação. Esses dados são valiosíssimos para que entendamos suas necessidades, que determinemos regras. Afinal, cada um é ímpar e merece tratamento ímpar.
Aqui, no Berçário Pé Pequeno, temos aqueles que adoram música, batucam em tudo e, se deixarmos, tornar-se-ão famosos pagodeiros ou sambistas. Temos aqueles mais minuciosos, que adoram os brinquedos de encaixe, montanha russa, desafios. Outros preferem o mundo das palavras. Adoram livros, revistas, tudo que contenha letras. Também há aqueles que preferem as atividades físicas, como jogar bola, pular, corrrer.
Com o feriado chegando, fica a sugestão: assumam um papel apenas de observador de seus filhos. Deixe seu filho brincar, observe de fora seu comportamento. A forma como lida com a frustração, como aceita regras. Tenho certeza que você vai se encantar com o que perceber!
Boa noite,
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