"Tem mais presença em mim aquilo que me falta" (Manoel de Barros)
Hoje li essa frase em um site de um amigo que admiro muito, Sérgio Freire ( www.sergiofreire.com.br ), e que já citei aqui anteriormente.
Achei sensacional! Como tudo o que ele posta lá.
E, pra variar, só pra variar, pensei nos meus filhos. Pensei que poucas foram as vezes que me permiti ficar longe deles, dormir sem eles em casa, viajar sem eles. E nessas poucas vezes eles estavam mais presentes do que nunca. Acordava no meio da noite, achando que um deles estava chorando. Olhava o gramado verde, lindo e imaginava o outro correndo. Depois que temos filhos é assim. Dói no fundo da alma ficar longe deles.
E como nada cai nas nossas mãos por acaso, eis que surge um livro maravilhoso do José Saramago: As intermitências da morte.
Nome forte, né? Como tudo que ele escreve.
Só que nesse livro, ele começa com a seguinte frase: "No dia seguinte ninguém morreu".
Nele ele trabalha os paradoxos da ausência da morte. Pois a partir daquele dia, ninguém mais morreu no país onde se passa a história. Obviamente que ele vai tratar de assuntos morais, existenciais, sociais mas o que quero falar aqui é que até a morte fez falta. Pois a vida é um ciclo e morrer faz parte dele. Assim como ir se desligando aos poucos dos filhos, voltando a ter uma vida de casal, confiando que os avós, tios, padrinhos possam cuidar deles para que possam fazer uma mini lua de mel, também faz parte do ciclo de vida de um casal. Afinal, um casamento deve se completar com a chegada de um filho e não acabar.
Portanto, o que eu quero que vocês reflitam hoje é sobre a vida a dois. Como anda a vida de vocês depois que seus pequenos nasceram? Qual é a chance de se desligarem deles por alguns instantes e voltarem a andar de mãos dadas, jantar a luz de velas, tomar um vinho na frente de uma lareira? Talvez esse dia ainda não esteja tão perto de acontecer, mas vocês não podem esquecer que ele tem que chegar. Mais cedo ou mais tarde. E por mais que a falta dos pequenos os tornem ainda mais presentes, ela é necessária.
Boa noite,
Priscila
Parabéns Pri! Pelo blog e pelo texto de hoje.
ResponderExcluirTentei postar um comentário ontem e não consegui, ele pede pra eu criar um blog pra mim também... rs Além dos parabéns eu ia dizer pra você criar títulos pros post, assim fica mais fácil a gente localizar depois de algum tempo.
No texto de hoje você fez com que eu me sentisse melhor me mostrando que você também não se imagina sem seus pequenos. Eu sou muitooo apegada a Lygia e AMO a companhia dela. Nos divertimos muito juntas. Mas felizmente, ela é muito independente e adora a companhia de outras pessoas. Viaja tranquilamente com meus pais sem eu ir, adora receber visitas e não se inibe nenhum pouco em ir com alguém que ela conheça e que vá satisfazer suas vontades.
Acho que eu sinto mais falta dela do que ela de mim. Mas isso não me incomoda, porque sempre fui muito timida, apegada aos meus pais e isso não é saudável.
Tenho me preparado para "tentar" recomeçar minha vida amorosa. Mas é dificil me imaginar abrindo mão do pouco tempo que tenho com ela para ficar em companhia de outra pessoa. rs
Beijinhos
Aline
Aline,
ResponderExcluirmuito obrigada pelos elogios e pela contribuição!
Já estou dando nomes aos posts ok? Só não sei se vou ter tempo de fazer isso para os anteriores, mas daqui pra frente eu vou postar com títulos.
Fico feliz q tranqüilizei seu coração. Esse é o objetivo.
E logo mais vc vai ver que seu coração estará preparado para um novo amor. Só dar tempo ao tempo.
Bjs
Priscila