Publicado em: 21/07/2011
Esta semana temos um motivo muito especial para celebrar: o nascimento da irmãzinha de um de nossos bebês. Como é gostoso poder acompanhar desde a notícia da gravidez até o nascimento. E em breve o desenvolvimento, uma vez que ela já está na lista dos alunos de 2012.
Parabenizamos os papais e irmão pela mais nova integrante da família!
Como diria nosso amigo Milton Nascimento "A hora do encontro é também despedida. A plataforma desta estação, é a vida."
Despedir-se do aconchego do ventre materno, da segurança, do calor e do coraçãozinho da mamãe ritimando a vida desse novo serzinho que irá despertar é muito amedrontador para ambas as partes (é engraçado que mesmo tendo o Matteo, recordo-me quando estava para parir o Lucca que parecia que eu não sabia mais nada, tudo era novidade, medo, ansiedade, alegria - como se fosse a primeira vez). Quanta saudade de quando éramos apenas um. Eu não tinha que me preocupar com cólicas, fome, trocas, frio... Mas quanta alegria de agora sermos dois. Poder olhar o seu rostinho, pegar no colo, cantar pra você dormir.
Ai que saudades de tudo isso... Matteo agora tenho que entrar de lado no quarto quando vou levá-lo nos meus braços após adormecer na sala, pois suas pernas batem no batente da porta... O Lucca, apesar de ainda ser adorador de um colo, já está tão independente...
E pensando comigo mesma, chego à conclusão que hoje sou eu quem dependo deles. Como existir sem eles? Não dá mais... Outro dia um amigo escreveu que, por mais que exista mala pra tudo, ainda não inventaram mala para afetos e amores. Ele diz:
"Quando a gente vai e deixa quem a gente ama dando tchau por trás do vidro do aeroporto é que a gente vê que afetos e amores são imaláveis. Pagaria horrores de excesso, mas faliria feliz se pudesse levar comigo o aconchego do abraço de bracinhos curtos da minha caçula, os pulos nas costas da minha mais velha, o beijo com gosto único da mulher que eu amo. Além de embalar tudo em caixas e caixas e caixas, passaria Protect Bag em cada uma delas para garantir que chegariam lá do jeito que pus nas caixas, carinhos e amores puros, viçosos, densos. Love-in-the-box." (Sérgio Freire - www.sergiofreire.com.br )
Também queria que existissem caixas para recordações afetivas. Aquelas pra guardar no maleiro do armário, junto com as fotos antigas, e poderem ser revividas sempre que bater saudade. Aqueles momentos únicos que vivemos com quem amamos. Nossa memória é como um papel de fax, vai apagando com o tempo. Certamente que muitas recordações são impressas em pergaminhos, mas não todas. E como seria bom abrir a caixa, escolher o dia, o ano, a situação e ligar o dvd pra assitir a tudo que vivemos.
Mas como não dá, façamos com que a maioria delas se torne inesquecível. Registremos com atenção, com carinho, com amor. Tudo que é guardado com amor é eterno.
É por isso que choro em todas as formaturas do Jardim II. Lembro-me dessas recordações com amor que ficaram de cada um daqueles pequenos que lá estão, vestidos de beca, com o diploma na mão. Lembro-me de muitos aos 5/6 meses, quando entraram na escola... Tem alguns que eu me lembro até da aflição dos pais no primeiro dia. Lembro de cheiros, de músicas, de roupas, de palavras... Quantas lembranças impagáveis!
É por isso que eu amo o que faço. Sou como várias caixas do maleiro, cada qual com uma etiqueta com o nome na frente, guardando recordações de cada um que por nossos braços passou.
Não briguem comigo, hein???? Toda essa história de ser mãe, parir, engravidar, nascer, amar, mexe comigo!
Até amanhã,
Publicado por: Priscila Zunno Bocchini |
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