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sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Qual a diferença entre alfabetização e letramento?

Hoje, pela manhã, estava conversando com a nossa Diretora Pedagógica Mara, sobre algumas peculiaridades de alguns dos nossos alunos da Educação Infantil. Novamente, voltamos ao assunto da autonomia, da expressão criativa (que a copa da árvore não precisa necessariamente ser verde, ela pode ser rosa, roxa, amarela, de tantas forem as cores que a imaginação da criança é capaz de criar). Assuntos que já abordei aqui, mas que gosto sempre de escrever por várias vezes para que não esqueçamos.

Então, achei importante pontuarmos aqui uma diferença que nem todos sabem a respeito da alfabetização e do letramento. Quem já ouviu falar de alfabetização? E quem já ouviu a palavra letramento?
Todos nós sabemos que alfabetizados são aqueles que são capazes de ler e escrever.
E letrados?
Então vamos voltar no tempo um pouquinho para que possamos entender o porquê dessa diferenciação.
No feudalismo, o conhecimento era transmitido de sábio para aprendiz, assim como o trabalho era todo artesanal e um único homem era capaz de realizar todas as etapas de um processo de produção.
Com a ascenção da burguesia e a expansão do comércio, o trabalho artesanal passou a ser substituído pelo trabalho manufatureiro, onde pessoas diferentes realizam etapas diferentes do processo de produção, com o objetivo de coletivizar a produção e produzir em larga escala.
Com o desenvolvimento social e a necessidade de se estabelecer a comunicação a distância, o trabalho pedagógico deixa de ser individualizado para atingir as massas. Eis que surge a Escola Moderna e a universalização do conhecimento.
Da mesma forma que o homem foi criando instumentos de trabalho, foi criada a Cartilha como primeiro instrumento pedagógico. Formaram-se, então, classes heterogêneas, no que concerne a idade e o conhecimento, orientadas por um professor.


Surge, então, o Método Tradicional. Um método de aprender a ler e escrever através do uso da cartilha cujo aprendizado se dá através de letras, sílabas, palavras e frases, todos centrados no código.
Porém, muitas mudanças sociais ocorreram como a expansão e a globalização dos países capitalistas, que foram responsáveis pela aproximação de diversas comunidades, países e continentes e pela ampliação dos instrumentos de comunicação de interlocutores à distância.
Eis que surge a necessidade não apenas de saber ler e escrever, mas de interpretar e traduzir o que está sendo dito. Isso traz à escola novas competências, atribuidas ao letramento, como manter a técnica do ler e escrever e ampliar a prática social da leitura e da escrita. O domínio do código incorpora a textualidade.
Essa nova perspectiva passa a ser pensada a partir dos anos 80, diferenciando o ensino tradicional do Ensino Transformador. 
Este último, surge com a proposta de entender que a prática das habilidades deve ser em atividades significativas para a formação cultural, científica e ideológica do aprendiz.
Bem-vindo ao Pé Pequeno. Ainda que tenhamos um método apostilado, que sistematize o aprendizado e organize as idéias, a proposta da escola vai além. Através da multiplicidade de recursos e da ampla formação dos nossos educadores, buscamos oferecer atividades significativas, que tragam prazer e satisfação aos nossos pequenos aprendizes.
O método da repetição e da memorização é característico do ensino tradicional. Daí ensinarmos sim as famílias silábicas mas de forma diferenciada, vivenciada pela experiência, pela descoberta e não apenas pela simples repetição de B com A - BA, C com A - CA.

Quando eu falo que nem sempre nos preocupamos em avaliar essas questões quando escolhemos uma escola para os nossos filhos, é porque não temos esse conhecimento. Agora que vocês se apropriaram dele, façam suas escolhas conscientes.

Um forte abraço,

Priscila Zunno Bocchini

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