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segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Birras, manhas e acessos de raiva, como lidar?

Para melhor entender esses episódios que nos enlouquecem, vou transcrever um trecho do livro:
"Acalmando seu impaciente bebê" do Dr. Brazelton.

"Aprendi que um acesso de raiva é um problema da criança, não dos pais. Devemos deixar que ela se acomode: "Vou ou não vou? Quero ou não quero?". O que causa um desses acessos parece pouco importante e inesperado para um pai ou uma mãe. Mas, obviamente, tem um significado real para a criança. Sob o acesso do bebê de dois anos há um sentimento de estar premido entre dois desejos opostos ou entre querer independência e temê-la. Os pais tendem a se sentir desamparados quando não conseguem controlar a criança e estão à beira de perder o próprio controle. A violência contra crianças pode ocorrer no segundo ano como resultado dos sentimentos que esses acessos provocam nos pais. Quando eles ocorrem em lugares públicos, como é provável, os pais sentem-se expostos como "maus pais". Incapazes de ajudar ou de parar o gemido e o debater-se insistente, sentem-se indefesos, inadequados e mesmo culpados. Cada pessoa presente aumenta esse sentimento quando olha para os pais e a criança que está chorando copiosamente. Descobri que a maneira mais segura de encerrar um episódio é dar as costas para a cena. Quando você se afasta (se ela está em segurança) ou pára de reagir, o acesso dela perde força. Você está dizendo: "Você pode lidar com isso sozinha".
Então, quando passou, volte para pegá-la no colo e a abrace, dizendo: "É terrível sentir-se tão irritada". Dessa maneira, deixe que ela saiba que você a aceita como é. Você pode mesmo entender a confusão interior que ela está vivenciando. De certa forma, você também está dizendo: "Eu gostaria de poder ajudar mas não posso". E, de fato, ela terá que aprender a tomar decisões por conta própria em vez de precisar que os pais tomem por ela. Está premida entre um desejo e o oposto, quer a ambos, mas só pode ter um. Os pais estão confusos, porque as escolhas da criança não parecem importar. Sair para deixar que ela se acomode sozinha é um pouco como encorajá-la a acalmar a si mesma - por exemplo, com um cheirinho ou com seu próprio polegar. Quando ela descobre que pode dominar esses sentimentos, irá se sentir menos à mercê deles.
Aos dois anos, a criança começa a se dar conta de como suas exigências podem ser poderosas. Seus acessos de raiva tornam-se ainda mais dramáticos. Combinados com o sentimento de estar premido que causam os acessos de raiva no ano em que está aprendendo a caminhar, agora ela espera ser capaz de atrair um adulto se chorar alto e por bastante tempo. Quando você escuta o começo, observe nos olhos dela. No segundo ano, seu sofrimento era interno, seus olhos mostravam isso. Ela não "procurava ajuda". Mas uma criança de três anos utiliza os olhos para "conferir" seu efeito sobre aqueles ao seu redor. Pais sábios podem preferir não correr logo para atendê-la. Em vez disso, apelam para que utilize seus próprios recursos, seu cheirinho, por exemplo. Encoraje-a a utilizar seu cheirinho para confortar-se durante tempestades. Quando ela puder lidar com seu próprio incômodo e resolvê-lo sozinha, terá aprendido muito sobre o autocontrole.
Os pais perguntam se podem evitar esses acessos aliviando cada problema antes que a criança fique muito sobrecarregada. É importante ter humor e ser seletivo sobre quais batalhas enfrentar. Mas ela tende a saber quando você a está protegendo e a se sentir sabotada quando precisa de seu encorajamento para resolver as coisas por si mesma. Certamente, pisar em ovos ao redor de um bebê não o ajudará a aprender a lidar com a difícil tomada de decisões que leva a tais acessos. Esse passo rumo à independência é a tarefa mais importante no segundo e no terceiro ano." (Brazelton, 2005, p.77,78)

Aqui encontramos fundamento no senso comum do "vira as costas, sai andando e deixa chorar". A nossa tendência em poupar nossos filhos de todo e qualquer sofrimento, quer seja ele físico ou emocional, nos torna, cada vez mais, superprotetores e manipulados e os torna, cada vez mais, dependentes e manipuladores. Pensem nisso!



Ele complementa, dizendo que a manha é uma forma da criança lidar com o tédio e com a incapacidade de distração. Ela, geralmente, ocorre entre os dois e cinco anos de idade.
Com muita rapidez, a criança descobre que fazer manha é desagradável para os seus pais, e estes logo se tornam reféns dela. A bem da verdade, o que a criança quer com isso é testar a paciência dos pais e conseguir o que tanto deseja.

Então, ele sugere algumas formas de desencorajamento:

1- Tente aliviar o tédio dela com uma agenda de brincadeiras ou planos.
2- Aponte a manhã da criança: "Você está fazendo manha!".
3- Não responda ao que ela diz quando está fazendo manha. Deixe-a saber que você está interessado no que ela tem a dizer, mas não enquanto estiver fazendo manha: "Quando você parar de fazer manha, podemos conversar. Mas não até que você pare".
4- Enquanto a manha continuar, afaste-se. Mas deixe-a saber que não a está abandonando: "Quando parar de fazer manha, eu volto".
5- Aja como se não pudesse ouvi-la. Quando ela parar, pegue-a no colo e a abrace. Mas não recompense a manha.
6- Lide com sua própria raiva e frustração em outro lugar. Pode ser muito recompensador para ela ver você explodir.
7- Sempre se assegure de que ela não está fazendo manha porque está doente ou com alguma dor.



Boa sorte,

Priscila Zunno Bocchini

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