Outro dia estava na porta da Escola e uma mãe veio me perguntar
se era eu mesma que escrevia as Notícias. Como que eu encontrava inspiração em
escrever...
Tenho uma amiga fotógrafa. Toda vez que entro no Instagram para
ver as novidades, deparo-me com as lindas fotos da minha amiga embelezando
aquelas páginas repletas de informações alheias. Fotos de um simples pato no
parque do Ibirapuera, ou das núvens no crepúsculo. Coisas que se repetem
diariamente tornam-se mágicas e únicas ao passarem pelas lentes de sua câmera.
Aqui é a mesma coisa, eventos simples, rotineiros para muitos,
tornam-se únicos ao olhar de quem procura dar um sentido um pouco mais profundo
à vida.
Hoje ajudei no almoço do B1. Eu adoro dar de comer para
esses pequenos. Alegro-me com aquele que aprendeu a saborear e deglutir com
facilidade. Fico estupefata com as "bocas nervosas" que rondam esse
nosso Berçário.
Aí me pego a filosofar: como é fácil agradar um bebê. E como é
honesto agradar um bebê. Como é verdadeiro agradar um bebê. Basta colocar amor
em tudo o que se faz. Amor ao oferecer um alimento. Amor em brincar. Amor em
trocar, banhar, fazer uma massagem. E se você gosta de bebês, sabe que o que
tem de mais fácil é amar um serzinho desses.

Já na vida adulta não é assim. As pessoas, cada vez mais,
esquecem de fazer as coisas por amor. Ainda que a vida adulta permita a
reflexão, o discernimento, a crítica, que nem sempre estão de acordo com o que
o outro faz ou pensa.
Na vida adulta as pessoas julgam o tempo todo: se come demais é
porque é guloso, se come de menos é que é fresco. Se luta e batalha é porque é
ambicioso, se senta e chora é porque é depressivo. Ninguém é suficientemente
bom aos olhos do outro. Mas será que olhamos o outro, de fato?
Já dizia o ditado, amor com amor se paga. O bebê é assim, você
alimenta e quando termina, ganha aquele sorrisão. Você dá banho e quando menos
espera ganha pernadas na água de alegria. E os adultos?
Sábado tivemos nossa primeira oficina do Ciclo de Oficinas de
Pais e Bebês - Culinária.
A alegria da criançada em poder mexer na massa, confeccionar os
biscoitos e depois vê-los prontos e comê-los não tem preço. Foram momentos
intensos de amor, de satisfação e de plenitude (confiram as fotos no Facebook).
Como diria o Pequeno Príncipe, "foi o tempo que perdeste com a tua rosa
que fez a tua rosa tão importante". Foram 60 minutos de um
sábado, dedicados aos pequenos, que fizeram desse momento algo
inesquecível.
No mês que vem teremos mais. Mais um dos momentos ímpares que a
vida nos proporciona.
Boa semana a todos,
Priscila Zunno Bocchini
Nenhum comentário:
Postar um comentário