Total de visualizações de página

Bem-vindo ao Blog do Berçário Pé Pequeno!

Criamos este espaço para que nossos papais, mamães, colaboradores e demais interessados
possam trocar informações sobre o desenvolvimento dos bebês, rotina escolar, assuntos relacionados
ao universo infantil e tudo mais que surgir de inquietação, dúvida, medo, alegria, felicidade, etc, etc, etc...

Ah, você ainda não conhece o Pé Pequeno?
A hora é agora! Entre no site www.passoseguro.com.br e conheça essa querida Escola, instalada há 23 anos no bairro da Mooca, em São Paulo-SP que, ao longo desses anos, tornou-se referência em Ed. Infantil na região.

Não hesite em postar seus comentários. Basta clicar em Nome/URL, digitar o seu nome, e postar.
Vale salientar que para postar comentários você precisa usar um navegador mais avançado, como
Mozilla, Forefox, Google Chrome. O Internet Explorer não suporta.

Todos os comentários são muito bem vindos!

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Educação Saudável dos Filhos x Recompensa Monetária

Hoje venho vos falar sobre a última notícia em voga: a planilha criada pelo pai/juiz que visa educar os filhos através da recompensa monetária, que correu na mídia essa semana e que muitos pais vêm questionando a minha opinião a respeito.

A primeira vista parece perfeito, não é mesmo? Só que não!
Vamos fazer uma análise da infância ao longo dos anos.






O século XV foi marcado por uma disciplina infantil humilhante deliberada, com o uso do chicote, mostrando uma visão autoritária e absolutista da sociedade, onde a criança era tratada como um adulto em miniatura, inclusive nas atividades servis.
Isso só foi mudar no século XVIII, quando começaram as surgir as ideias de que a infância não era mais uma idade servil e não merecia ser humilhada. Com essa visão, a sociedade passou a "despertar na criança a responsabilidade do adulto, o sentido da sua dignidade. A criança era menos oposta ao adulto (embora se distinguisse bastante dele na pratica) do que preparada para a vida adulta. Essa preparação não se fazia de uma só vez, brutalmente. Exigia cuidados e etapas, uma formação. Essa foi a nova concepção de educação, que triunfaria no século XIX". (ARIÈS, P. em História Social da Criança e da Família)
O século XX fica marcado pela promulgação da Declaração Universal dos Direitos da Criança. No Brasil, surge a Lei Federal 8.069/90 – Estatuto da Criança e do Adolescente – que adota a doutrina da proteção integral, afirmando que crianças e adolescentes devem ser vistos como pessoas em desenvolvimento, sujeitos de direitos e destinatários de proteção integral.

Hoje, 2013, século XXI, depois de todas as etapas superadas e vencidas pelas crianças do mundo, nos deparamos com o maior impasse nunca previsto: as crianças passaram de um sujeito passivo, para ativo. São elas que, muitas vezes, ditam as regras da casa. São elas que determinam a forma como querem que sua educação seja conduzida. Os pais perderam as forças e entregaram os pontos. O professor deixou de ser respeitado, idolatrado. E surgiram os métodos de recompensa como a "tacada final" para resolver o problema da (falta de) educação e disciplina dentro de casa.

Hoje as ameaças não residem mais no âmbito corporal, mas no moral, no afetivo, no emocional e, agora, no monetário. Eu vos pergunto, onde vamos parar? Já que bater fere os direitos da criança e a conversa não se faz presente no meu dia a dia porque me falta tempo, eu lanço mão de estratégias externas que mascaram a boa educação. Estou criando soldadinhos de chumbo, que devem bater continência com medo de perder 2 reais da mesada.

Educar, no meu ponto de vista, é muito mais amplo. É dar o poder da fala, da argumentação, da explicação. É ensinar o que pode e o que não pode e porquê. É tornar nossos filhos conscientes que, ao deixar a geladeira aberta, estragam-se os alimentos, aumenta-se a conta de luz. Dessa forma criamos cidadãos para o mundo.

Mas isso requer tempo, paciência, dedicação, boa vontade. E é o que o mundo (e os pais) estão mais carentes no dia de hoje.

Bom final de semana. Bom dia das crianças.

Priscila Zunno Bocchini





Nenhum comentário:

Postar um comentário